Entre os nobres gregos (mas não entre as camadas populares, que não frequentavam ginásios nem banquetes), no período clássico (século V e IV a.C), havia o costume de um homem mais velho proteger um rapaz adolescente, também nobre. É o que se chamava de pederastia. Os historiadores se dividem a respeito da natureza sexual desse contato. De qualquer modo, não podemos avaliar o homossexualismo grego segundo os nossos padrões. Raros pederastas relacionavam-se apenas com homens: seria mais fácil encontrar o nobre grego que se casava, tinha filhos e matinha relações com inúmeras mulheres e também com rapazes. Não sentiam culpa nem havia rótulos para esse comportamento. Eventualmente, as mulheres também tinham relações que hoje nós chamaríamos de homossexuais. A poetisa Safo, que viveu na ilha de Lesbos, no século VII, escreveu belos poemas para sua amada, admirados por todos os gregos. É por isso que hoje se utiliza a palavra lésbica para designar a mulher que ama outra mulher.
Embora os gregos aparentemente fossem mais tolerantes com a homossexualidade, havia leis rigorosas que puniam relações sexuais entre homens, como assinala o historiador grego atual Nikos A. Vrimssimtzis.
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